segunda-feira, 31 de agosto de 2009

Sacos Plásticos


Charles Gavin, baterista, dissetou :“Aconteceu dele [Bonadio] procurar a gente. Aí valeu aquele ditado: ‘quem se desloca recebe, quem pede tem a preferência’. Ele já trabalhou com o Ira! e com outras bandas também, como o Mamonas Assassinas. Nos sentimos muito à vontade, é bom trabalhar com gente nova também. A gente sentou com as canções, todo mundo traz material. Dentro disso escolhemos as melhores. Todo mundo tem que se sentir satisfeito”.
Titãs até mesmo flertou com o eletrônico, como forma de se reaproximar daquela batida oitentista, mas tudo com muito cuidado para não repudiar os fãs que acompanham a carreira. Gavin se pronunciou novamente: “Ouvimos o resultado e decidimos dar um trato diferente. Algumas músicas precisavam de algumas coisas novas. Aí o Rick disse: ‘eu programo, adoro fazer isso’. É mais uma ferramenta”.
O novo álbum conta com quatorze novas canções, todas tiveram uma mãozinha de Bonadio ao serem compostas, menos a canção ‘Problema’, que foi autoria de Paulo Miklos, Liminha e Arnaldo Antunes - ex-Titãs egresso da banda em 1992.
O álbum teve também a participação especial de Andreas Kisser, guitarrista do Sepultura na faixa ‘Deixa Eu Entrar’.
Arrematando, Gavin se pronuncia uma última vez “O Tony [Belloto, o guitarrista] já estava trabalhando com o Andreas pro disco solo dele. Gostamos da música e achamos que tinha a cara do Titãs. Não temos problemas em gravar algo que não seja totalmente nosso”.
Fiquem com as faixas:
“Amor por Dinheiro”
“Antes de Você”
“Sacos Plásticos”
“Porque Eu Sei que É Amor”
“A Estrada”
“Agora Eu Vou Sonhar”
“Quanto Tempo”
“Deixa eu Sangrar”
“Problema”
“Não Espere Perfeição”
“Quem Vai Salvar Você do Mundo?”
“Múmias”
“Deixa Eu Entrar”
“Nem Mais uma Palavra”
Via Abril

Mosaico com participação de Charles Gavin

Programa exibido pela Tv Cultura, onde Charles Gavin, Andreas Kisser, Clemente Nascimento e Bi Ribeiro, executam a música de Gilberto Gil, Pessoa Nefasta, vale á pena conferir!

Programa O Som do Vinil apresentado por Charles Gavin

Charles Gavin Baterista dos Titãs e apresentador do programa OSom do Vinil, fez uma entrevista sensacional com a banda "O Terço", que dispensa comentários, confira:

Fala Charles Gavin

Charles Gavin fala sobre seu novo livro "Trezentos Discos Importantes da Música Brasileira" para o programa Radiola na TV Cultura.

Blog dos 300 discos


Um blog bem bacana em homenagem ao livro que Charles Gavin lançou em Outubro de 2008 com outros jornalistas, é acessar e curtir! Uma bela homenagem e ajuda ao arqueólogo da música brasileira!

Aqui vai o link:

Rápida síntese pelo yahoo de Charles Gavin


Nome: Charles de Souza GavinData de nascimento: 09/07/1960
Características: Decidiu ser baterista aos 14 anos, quando seus pais resolveram lhe dar uma bateria, senão Charles destruiria toda a casa batucando em tudo, com influências de Led Zeppelin e Deep Purple. Baterista habilidoso, digno de ser dos TITÃS. Já passou por diversas bandas: Santa Gang, Jetsons, Zero Hora, Zona Franca, RPM, Cabine C (com Ciro Pessoa), Ira!. Também fez um CD com Solon Fishborne e Ronaldo e os Impedidos, além de produzir várias outras bandas. Charles Gavin é torcedor do Corinthians.

sexta-feira, 28 de agosto de 2009

Mais algumas fotos





Fotos de muitas gerações





Charles Gavin apoiando uma campanha de desarmamento


Vamos encarar a realidade? O desarmamento é a primeira providência que devemos tomar para a construção de uma sociedade civilizada, inteligente e promissora.
Charles Gavin

Charles Gavin e Ney Matogrosso relembram primeiro disco solo do cantor


RIO - vwwwww...vwwwwwwww...riskzzzzzzzztsk....rrrrrrrrrvwwwwwwww... Difícil imitar o som de um disco de vinil. O ruído, considerado gostoso para muitos apreciadores da velha bolacha preta, dava uma 'alma' às músicas. Alma que, em tempos digitais, vem ficando cada vez mais rara. Na TV, esse chiado 'gostoso' resiste no programa O som do vinil, capitaneado pelo baterista do Titãs, Charles Gavin.

O instrumentista, também pesquisador musical, se traveste de apresentador e vai em busca dos artistas que realizaram as maiores obras-primas da música brasileira para descobrir a história - e as histórias - por trás de cada álbum.

O programa estreou no ano passado, destacando pérolas como o primeiro disco do Secos & Molhados, o Clube da Esquina e Acabou chorare, do Novos Baianos. A repercussão fez com que O som do vinil passasse de mensal a semanal, e agora vai ao ar toda sexta-feira, às 21h30, no Canal Brasil.

Em um fim de tarde, na sala de sua casa repleta de livros, CDs, DVDs, discos de vinil e artefatos musicais em geral (parecendo até uma loja ou museu da música!), Charles Gavin escuta com Ney Matogrosso o LP Água do céu-pássaro, também conhecido como O homem de Neanderthal - primeiro disco solo do ex-vocalista do Secos & Molhados -, para a produção de mais um programa. O lançamento, em 1975, gerou muita expectativa, já que Ney vinha de um rompimento precoce com o grupo de maior sucesso da história da música pop até então.

- Faz tempo que não ouvia esse disco, já que não tenho vitrola - revela Ney, em meio aos estalitos do vinil. O álbum, bastante experimental, até hoje não foi lançado em CD.

- 'Liberdade' é a palavra desse disco. Há ali uma despreocupação total com o aspecto comercial. Não sei como me deixaram fazer isso! - diverte-se o cantor, recordando a época enquanto escuta os sons de floresta e animais que intercalam as músicas.

Para Charles Gavin, dos primeiros episódios de O som do vinil - que trazia ainda as estréias solo de Raul Seixas e Luiz Melodia -, o sobre o Secos & Molhados foi o que deu maior retorno do público. O titã lamenta que o formato do programa seja limitado - apenas 25 minutos para contar a história de discos que produziriam mais de uma hora de revelações e curiosidades.

- Espero conseguir lançar esse material em DVD, com uma hora de papo. Tem muita gente pedindo isso - adianta Gavin. No exterior, existe a série Classic Albuns (disponível também no Brasil), que foi inspiração para a produção da versão tupiniquim. Álbuns de artistas como Jimi Hendrix, Stevie Wonder e The Who, entre dezenas de outros, ganharam seus programas. Antes de O som do vinil, a fantástica e riquíssima obra musical brasileira não tinha uma produção como esta à altura de sua qualidade e relevância. E por enquanto, ainda é restrita aos que tem TV por assinatura.

- Vejo que tem cada vez menos espaço para a música brasileira na televisão - lamenta Gavin. - A iniciativa do Canal Brasil de produzir estes documentários é digna de aplausos!

O baterista aproveita o fato de ser músico para conseguir uma intimidade que nenhum entrevistador 'normal' conseguiria. Além disso, como todo o meio já conhece bem o trabalho carinhoso de resgate da música brasileira que ele promove já há vários anos, o acesso aos artistas fica mais fácil e com um clima 'entre amigos'.

- Acho que depois de tantas entrevistas que fiz, estou aprendendo a entrevistar! O que mais me dá barato são as entrevistas. É a grande recompensa desse trabalho.

Gravadoras desaceleram lançamentos de discos perdidos

MARCUS PRETO
Colaboração para a Folha

Nadando contra a corrente do atual mercado de música, dez álbuns gravados entre 1958 e 1980 por Alaíde Costa, Angela Maria, Beth Carvalho, Cauby Peixoto, Dalva de Oliveira, Elizeth Cardoso, João Nogueira, Paulo Sérgio, Rosinha de Valença e Taiguara são transformados em CD pela primeira vez. Lançados pela EMI, eles chegam às lojas com repertório e projetos gráficos fiéis às versões originais.

20.fev.2009/Pedro Carrilho/Folha Imagem
Músico Charles Gavin, que recupera acervos de gravadoras, comenta crise do mercado
Músico Charles Gavin, que recupera acervos de gravadoras, comenta crise do mercado

Essa linha de edição, que traz para o formato digital títulos que estavam há muito tempo perdidos na era do LP, vem sendo gradualmente freada pelas gravadoras. E beira estacionar. O alerta vem dos principais profissionais que, contratados pelas próprias empresas, têm se dedicado a esse tipo de projeto na última década.

"Comecei a trabalhar com isso em 1998 e, desde então, consegui emplacar reedições em todas as gravadoras, todos os anos", lembra Charles Gavin, 48, baterista dos Titãs e um dos primeiros a garimpar os acervos das companhias de disco. "No ano passado, mesmo com o gancho do cinquentenário da bossa nova, não consegui emplacar nada --e olha que tentei em todas elas."

Gavin lembra que, mais que mero prazer saudosista, a recuperação desses álbuns perdidos oxigena os artistas do presente e prepara a música do futuro. "Tom Zé só passou a ser regravado quando seus discos voltaram em formato de CD. O mesmo vale para os Novos Baianos, João Donato, Marcos Valle...", enumera. "A nova geração de músicos do Brasil só está sendo influenciada por esses mestres porque teve, de novo, acesso a eles. E a gente não pode deixar isso parar."

Marcelo Froes, 42, outro veterano da área, também sentiu a queda. "Os anos de 2002/ 2003 foram os mais ativos para mim. São dessa época os boxes de Zé Ramalho, Fagner, Erasmo Carlos, Nara Leão, Gilberto Gil e Elza Soares", diz. "Diversos outros projetos foram preparados e nunca saíram. Reedições passam por uma questão de política interna, a tal 'vontade de fazer', que independe do interesse comercial."

Devagar e sempre

Para Thiago Marques Luiz, 29, responsável pelos dez títulos que a EMI lança agora, não se trata de descaso das gravadoras. "Elas simplesmente não conhecem o próprio acervo", diz. "Um diretor de marketing não tem obrigação de saber que o primeiro LP da Dalva de Oliveira está inédito em CD e é bacana para o público dela."

Para Jorge Lopes, 50, do marketing estratégico da EMI, o que torna esse tipo de produto pouco viável é uma questão de "tempo na prateleira". "Ainda que os discos não encalhem e acabem sempre se pagando, o giro deles é muito lento", diz. "Estou com esse disco da Dalva na mão agora. Foram fabricados mil. Daqui a dois meses, eu te conto quantos tenho no estoque: serão no mínimo 500."

Outro pesquisador requisitado, Rodrigo Faour, 36, diz que a crise atingiu até os projetos relacionados a artistas de grande apelo popular. "Há anos eu tento relançar todos os álbuns da Simone, mas não consegui até agora. E olha que ela foi a maior vendedora de discos dos anos 80", lembra ele, que conseguiu viabilizar recentemente a caixa "Camaleão", com os 17 álbuns de Ney Matogrosso.

Procuradas pela Folha, as cinco principais gravadoras atuantes no Brasil afirmam que vão continuar relançando material de acervo --só que com mais cuidado.

"Essa história de reedição começou de uma forma apocalíptica, como se o mundo físico fosse acabar e tivéssemos que lançar tudo enquanto havia tempo", diz Fernanda Brandt, 27, da Warner. "Já vimos que não é assim. A indústria está em crise, mas ela não vai acabar. Os catálogos estão sendo usados com mais
moderação. E as coisas devem permanecer assim, devagar e sempre."

Charles Gavin em quadrinhos

♪ Programa Mosaicos - A Arte de Gilberto Gil - Pessoa Nefasta ♪ [2009]


Mosaicos - A Arte de Gilberto Gil;Um dos pontos altos da atração é a interpretação da música Punk de Periferia, de Gilberto Gil, por uma formação inédita que reúne um time de peso: os músicos Andréas Kisser (Sepultura), Clemente (Inocentes e Plebe Rude), Charles Gavin (Titãs) e Bi Ribeiro (Os Paralamas do Sucesso). Programa exibido em 26 de abril de 2009. Gilberto Gil - Pessoa Nefasta Tu, pessoa nefasta Vê se afasta teu mal Teu astral que se arrasta tão baixo no chão Tu, pessoa nefasta Tens a aura da besta Essa alma bissexta, essa cara de cão Reza Chama pelo teu guia Ganha fé, sai a pé, vai até a Bahia Cai aos pés do Senhor do Bonfim Dobra Teus joelhos cem vezes Faz as pazes com os deuses Carrega contigo uma figa de puro marfim Pede Que te façam propícia Que retirem a cobiça, a preguiça, a malícia A polícia de cima de ti Basta Ver-te em teu mundo interno Pra sacar teu inferno Teu inferno é aqui Pessoa nefasta Tu, pessoa nefasta Gasta um dia da vida Tratando a ferida do teu coração Tu, pessoa nefasta Faz o espírito obeso Correr, perder peso, curar, ficar são Solta Com a alma no espaço Vagarás, vagarás, te tornarás bagaço Pedaço de tábua no mar Dia Após dia boiando Acabarás perdendo a ansiedade, a saudade A vontade de ser e de estar Livre Das dentadas do mundo Já não terás, no fundo, desejo profundo Por nada que não seja bom Não mais Que um pedaço de tábua A boiar sobre as águas Sem destino nenhum Pessoa nefasta



http://www.sharmedia.com/search/guia-pes-2009

Charles Gavin em ação como diretor musical


Em agosto, de 4 a 7, vou fazer um show que pontua situações-canções destes anos, por isso o nome TOM ZÉ - RETROSPECTIVA, ESPINHA DORSAL DA CARREIRA. Vai ser no Teatro Fecap, em São Paulo, Avenida Liberdade 532, telefone 2198 7719. Charles Gavin dirige, os músicos da banda acompanham. Com gravação de dvd no dia 5, talvez também dia 6; o Canal Brasil vai filmar e vem um cd da Biscoito Fino.

Curiosidade


TITÃS - IN RIO 2 / HOLLYWOOD ROCK 1993 SHOW IMPERDÍVEL DOS TITÃS EM DUAS APRESENTAÇÕES RARAS.

TITÃS ROCK IN RIO 2

1-MISÉRIA
2-LUGAR NENHUM
3-PALAVRAS
4-AA UU
5-MEDO
6-MARVIN


TITÃS HOLLYWOOD ROCK 1992

1-INTRODUÇÃO
2-
3-IGREJA
4-OBRIGADO
5-UMA COISA DE CADA VEZ
6-O PULSO
7-COMENTÁRIOS MAURÍCIO KUBRUSLY
8-FILANTRÓPICO
9-FLAT, CEMITÉRIO,APTO
10-BICHOS ESCROTOS
11-NÃO É POR NÃO FALAR
12-O FÁCIL E O CERTO
13-AA UU
14-EU VI
15-POLÍCIA
16-EU NÃO SEI FAZER MÚSICA


IMAGEM E ÁUDIO EXCELENTE !!!

Localidade: São Paulo, SP

Preço: R$ 20,00

Contato: ad-02981709@quebarato.com.br

Charles Gavin leva O Som do Vinil para o Canal Brasil


O CD, mp3, mp4 parecem ter entrado na cena musical mundial para ficar. Mas mesmo com todos esses avanços tecnológicos que têm mudado a forma de se comprar, ouvir e se relacionar com a música, nada disso foi suficiente para matar a mais charmosa paixão de muitos apreciadores da boa música: o vinil. O lendário bolachão parece ganhar cada dia mais força no circuito dos ouvintes mais exigentes e ganha lojas, sites e comunidades dedicadas a ele.De olho na importância histórica que o vinil teve e vai ter sempre, o Titã Charles Gavin resolveu encarar uma nova, e divertida, tarefa: a de apresentador de TV. A partir de hoje, ele poderá ser visto às quintas no Canal Brasil, às 21horas, no programa que é uma declaração aberta ao bolachão: O Som do Vinil. Mais que contar a história do formato, ele vai refazer a história da música popular brasileira pelos caminhos dos álbuns mais significativos da ‘era disco’, ou seja, os anos 70. ‘Escolher os discos que integram o programa foi doloroso, quase um sacrilégio. A forma mais justa que encontramos foi considerar a relevância artística e histórica dos discos’, diz o baterista dos Titãs, que contou com a consultoria do especialista em MPB Tárik de Souza e a direção de Darcy Burger para cumprir a tarefa.Pode ter sido difícil, mas foi bem executada. Na lista de Gavin, entram jóias como Secos&Molhados, Acabou Chorare (dos Novos Baianos), Krig-ha Bandolo (Raul Seixas), Gal Fa-Tal (Gal Costa em sua melhor forma), Clube da Esquina (o disco histórico de Milton Nascimento e Lô Borges), entre tantos outros. Mais que relembrar a história de cada disco, a cada programa Gavin entrevista músicos, produtores, fotógrafos, diretores, engenheiros de som, passando por amigos e até parentes de quem esteve por perto de projetos que mudaram a cara da música brasileira.

Fonte: Agência Estado - Reportagem de Flávia Guerra / Foto: Fabio Mota - AE

O Som do Vinil


Canal Brasil amplia sua programação musical
fabiano chaves

Inicialmente dedicado à exibição e discussão das produções cinematográficas brasileiras, já não é de hoje que o Canal Brasil estendeu sua programação, ampliando o conteúdo a diversos gêneros artísticos e jornalísticos. Nesse sentido, a música tem papel fundamental na emissora.
Em 2009, o canal terá quatro programas dedicados ao gênero. A partir de hoje, os espectadores poderão conferir a corrente musical da emissora, com a estreia da terceira temporada de "O Som do Vinil".

Comandada pelo músico Charles Gavin, baterista dos Titãs, a atração apresenta a história e os bastidores da criação de álbuns que se tornaram clássicos da música. "Estamos voltando com algumas novidades, principalmente no formato. Depois de duas temporadas, achei que poderia centrar mais na figura do entrevistado", afirma Charles Gavin.

Ao todo, serão 26 programas na temporada, a começar pelo "maldito" Jards Macalé e seu disco "Aprender a Nadar". "Jards é exímio contador de histórias. A ideia é trazer pessoas com o seu perfil provocativo. Acho que falta isso na TV. É necessário alguém para bagunçar", conta Gavin.

Outra atração musical que estreia nova temporada é o programa "Zoombido", em que o músico e apresentador Paulinho Moska recebe personalidades da música brasileira para desvendar, entre acordes e canções, o misterioso universo da criação. "O programa foi uma receita que deu certo. E, na quarta temporada, o formato se mantém. Sou como técnico de futebol: não mexo em time que está ganhando. O programa é uma canção que está sendo feita", diz Moska.

Novidades. Se "O Som do Vinil" e "Zoombido" partem para novas temporadas, outros dois programas musicais entram na grade do Canal Brasil, com as estreias de "MPBambas" e "Pelas Tabelas". "A ideia é entrevistar bambas, alguns fora do circuito musical. O programa tem como objetivo desenterrar histórias desses personagens", adianta Tárik de Souza, que comanda o "MPBambas".

Promovendo uma tabelinha entre compositores, "Pelas Tabelas" retrata a relação musical entre os convidados. "A atração é uma espécie de documentário, com os próprios convidados criando a narrativa. Procuramos explorar compositores da nova geração, de um circuito mais independente", afirma Caio Jobim, diretor do programa ao lado do parceiro Pablo Francischelli.

Acesse:

http://canalbrasil.globo.com/programas/programas.asp?cid=444

Playlist Charles Gavin

Priscilla Santos

Ouça algumas músicas indicadas para festinhas em casa pelo baterista do Titãs e pesquisador musical Charles Gavin, em nossa seção Guia, de julho. Organizamos 6 das 8 faixas sugeridas por ele usando o site Mixpod.com (não por acaso avaliado no texto “Você é o DJ”, na mesma seção da revista). Vale lembrar que, na revista, o Charles indica não só o nome da música, como também o álbum e sua data de lançamento. Alguns são de mil novecentos e bolinhas. Mas podem ser encontrados em boas lojas de discos. As faixas que você encontra no link abaixo, não necessariamente são da mesma gravação sugerida pelo Charles, mas já dá para você sentir o clima. Então, chega de papo. Aperte o play.

http://www.mixpod.com/playlist/22318069

Charles e a essência de sua musicalidade


O paulistano Charles de Souza Gavin mostrou seus primeiros traços como percussionista ainda garoto. Preciso na marcação de tempo, ganhou o prêmio de originalidade no desfile de Sete de Setembro de 1968, comandando a banda da escola Helena Lemmi aos 8 anos de idade. Aos 15, montou sua própria bateria com os frisos metálicos das laterais do Opala de seu pai, sofás, poltronas revestidas de courvin e dois cinzeiros de metal. Com a condição de continuar se dedicando aos estudos, em 1979, conseguiu convencer seu pai a comprar uma Pinguim branca, sua primeira bateria de verdade.

Gavin estreou na banda Zero Hora e passou pela Santa Gang e Zona Franca antes de tocar na Jetsons, onde conheceu seus futuros companheiros titãs, Branco Mello e Ciro Pessoa. Com o último, ainda tocou no Cabine C antes de ganhar notoriedade no circuito alternativo paulistano como integrante do Ira!. Foi no final de 1984, quando dava o ritmo nas canções do RPM de Paulo Ricardo, que o músico foi convidado pelos Titãs para tomar o lugar deixado por André Jung. O baterista estreou na banda no início de 1985, quando entrariam em estúdio para gravar seu segundo disco, Televisão.

Rato de sebos e ávido colecionador de vinis, dedica-se há mais de dez anos a projetos que revitalizam e recuperam álbuns esquecidos dos acervos de gravadoras, como a série “Dois momentos” que relançou Secos & Molhados e Tom Zé, entre outros, e a coleção “Columbia raridades”, com edições remasterizadas das antigas baladas da gravadora CBS. Em 2008, lançou o livro 300 discos importantes da música brasileira, um painel de tudo o que foi produzido entre 1929 e 2007.

Atualmente, Gavin produz e apresenta o programa Quinta Essência, na rádio Eldorado, toda quinta-feira às oito da noite, além de O som do vinil, no canal Brasil, que caminha para a terceira temporada, sempre trazendo obras relevantes para a música brasileira e contando sua história. Dando uma breve pausa na gravação do novo álbum dos Titãs, que deve sair ainda neste primeiro semestre, o baterista revela o que já foi feito de melhor em terras brasileiras.

Quer saber mais?
Acesse:
http://www2.livrariacultura.com.br/culturanews/rc21/index2.asp?page=meus_cds

Site de Jack Endino


Para quem não sabe, Jack Endino é um produtor musical de Seattle, EUA. Fortemente associado com a gravadora Sub Pop e com a cena grunge, ele produziu álbuns seminais de bandas como Mudhoney e Soundgarden. Mas é mais famoso por produzir o primeiro álbum do Nirvana, chamado Bleach, lançado em 1989. Recentemente produziu as bandas Hot Hot Heat, Zeke e High on Fire. Ele também tocou na clássica banda Skin Yard. Paralelo a isso, ele também tem um projeto solo, lançando em 2005 o álbum Permanent Fatal Error. Os outros álbuns chamam-se Angle of Attack e Endino's Earthworm. Em 1993, produziu a banda brasileira Titãs, com o álbum Titanomanquia. Três anos mais tarde (1996), produziu o álbum Skunkworks, trabalho da carreira solo do vocalista do Iron Maiden, Bruce Dickinson. E para os curiosos ele foi indicado Por CHARLES GAVIN, para produzir o álbum Titanomaquia (1993).

Acesse e encontre a ficha completa do Titanomaquia
http://www.endino.com/
http://www.endino.com/titas/titanomaquia.html

Esquecer jamais

Texto Fernanda Danelon Fotos Arquivo Pessoal/Mariana Roquete Pinto

Nem Blu-Ray nem Mp3. Para Charles Gavin, o futuro da música brasileira depende da preservação do tesouro escondido no baú da nossa memória
Charles Gavin já foi mais conhecido como o baterista dos Titãs.
Mas hoje a lembrança de seu nome está ligada também ao seu trabalho de preservação da música brasileira. “Manter viva a memória da cultura nacional é melhorar a nossa auto-estima”, afirma o músico sem titubear.
“É conhecendo a obra de nossos mestres que a gente aprende a se valorizar, a sentir orgulho de ser brasileiro”, completa.

Ao lançar 300 discos importantes da música brasileira (Paz e Terra), Charles sintetiza em livro o projeto de resgate de discos esquecidos que começou em 1998,
ao ressuscitar dos acervos da Warner os dois primeiros LPs dos Secos & Molhados. Em dez anos, o titã recolocou no mercado mais de 450 títulos abandonados nos catálogos das principais gravadoras do país.


Quer saber mais:
Acesse:
http://revistatrip.uol.com.br/revista/172/salada/esquecer-jamais.html

Charles e sua paixão, além da bateria


Ele nasceu na Alemanha sob a tutela do regime nazista, mas atravessou o Atlântico e carimbou no passaporte a nacionalidade brasileira pra se tornar um dos cidadãos mais emblemáticos do nosso país. Há exatos 50 anos, a Volkswagen nacionalizava a produção do Fusca, que rapidamente venceu o preconceito mostrando que tamanho não é documento.

Nos anos de chumbo da ditadura, atuou como um raro símbolo de democracia. Ricos, pobres, era impossível identificar quem era quem no trânsito congestionado pelo modelo que cabia no bolso de todas as classes sociais. Na década de 70, impulsionou o chamado Milagre Econômico, liderando o ranking de vendas com mais de 50% de todo o mercado nacional.

Em 1986, o modelo saiu de cena com mais de 3 milhões de unidades comercializadas, o que já seria um recorde para um automóvel que pouco – ou nada – mudou durante 27 anos de existência. Mas o besouro queria mais: apadrinhado pelo então presidente Itamar Franco, voltou aos “palcos” em 1993, presenteando seu fiel público com um bis de mais três anos de duração. Nessa plateia apaixonada está o baterista dos Titãs, Charles Gavin, 48 anos, proprietário de um Fusca 1968 “totalmente original”, como faz questão de ressaltar. “O carinho pela máquina”, revela, vem da infância. “Meu pai teve vários modelos, dos quais guardo muitas recordações”, diz.

O próprio Gavin aprendeu a arte de guiar atrás do volante de um Fusca, que foi seu primeiro carro e também o segundo, o terceiro. “Até que um dia meu pai me deu um Passat, mais moderno. Só que sustentar o danado estava além das minhas posses e acabei voltando para o bom e velho Fusca.” Nessa época, início dos anos 80, ele ainda tocava com o Ira! e fazia turnê por todo o interior paulista. “É desafiar as leis da física, mas viajávamos no Fusca os quatro integrantes da banda mais os instrumentos, inclusive a bateria”, narra.

Além do design inteligente e da mecânica robusta, Gavin destaca o barato de ver o mundo passar mais devagar quando encara o agitado trânsito carioca a bordo do besouro. “Sinto que fico zen, mais tranquilo. Não adianta querer correr. Ou você dirige zen, ou não dirige.”

Parabéns Planeta Titãs


A galera do orkut Planeta Titãs fez um trabalho bem bacana dentro do site de relacionamento Orkut, e hoje é um dia vitória para eles. Agora o Planeta Titãs é um site, uma gigantesca conquista com belos arquivos da banda, integrantes, confira lá:

PLANETA TITÃS cresceu, agora ele é um site!

http://www.planetatitas.net/

Curosidade, Gratidão e Reconhecimento


Um adolescente com a camiseta da banda de rock Nirvana procurou Charles Gavin, baterista dos Titãs e pesquisador de música popular, em 2001. Foi agradecer pelos relançamentos em cd, produzidos por Gavin, dos primeiros discos de Tom Zé: “Pô, se não fosse você, eu não teria conhecido.”
Desde 1999, a música brasileira tem uma dívida de gratidão para com Gavin. Tem recuperado pérolas da MPB, há anos fora das lojas. Muitos discos sequer saíram em cd. Gavin, rato de sebos, percorre o Brasil e o exterior. Na Inglaterra, descobriu que andam pirateando elepês fora de catálogo para cd e vendendo em sebos. Com essa história, convenceu gravadoras (tarefa árdua), detentoras dos registros originais, e propôs trabalho de remasterização dos discos para relançar em cd. Produz tudo. Em alguns casos, reproduziu capas e encartes emprestados de colecionadores no Japão. Também usou elepês de seu acervo para completar trechos em que originais estavam em mau estado. Relançou dezenas de títulos. De Lô Borges a Jorge Ben; de Secos & Molhados e Almôndegas (grupo de Kleiton e Kledir) até o Quarteto Sambacana (estréia de Milton Nascimento); de Vassourinha a Paulinho da Viola; de Elza Soares a Marília Medalha; de Trio Ternura a Cascatinha e Inhana. A MPB agradece.

Agenda de eventos: Saiba onde Charles Gavin se apresenta.


Fãs de Charles Gavin e dos Titãs, aqui vai um link bem bacana aonde no mês corrente o baterista se apresenta, confira:

http://www.musical-express.com.br/br/eventos/?artista=228

Viva o Vinil!: Charles Gavin, dos Titãs, fala sobre os LPs


Uma entrevista muito boa feita pelo pessoal whiplash.net, e aqui vai para quem não consegue acessar a entrevista completa:

O Viva o Vinil! entrevistou Charles Gavin, baterista dos Titãs, pesquisador musical e um dos maiores entusiastas da cultura do vinil no Brasil.

Além de ser fã dos bolachões, Gavin apresenta o programa O Som do Vinil, no Canal Brasil, que resgata, através de histórias envolvendo um determinado LP, capítulos importantes da música brasileira.

Aqui no estúdio da MTV, o bate papo estava tão bom que quase atrasamos a presença do baterista no programa Acesso MTV - onde ele se apresentou divulgando o mais recente disco dos Titãs, Sacos Plásticos (2009).

Leia!

Viva o Vinil! - O vinil voltou mesmo à moda?

Charles Gavin (baterista dos Titãs): "Pra mim nunca saiu de moda, eu tenho uma coleção enorme de vinis e ela aumenta a cada mês. Não me desfaço dela nunca! Hoje o interesse geral pelo vinil voltou em parte pelo desgaste da mídia digital, que é o CD. Ele até trouxe algumas coisas bacanas, mas muita gente sente falta do contato maior com a capa, fotografia, o som diferente do vinil... E não só a minha geração. As mais novas, quando descobrem o LP, o adotam. É um objeto insubstituível e nunca vai sair de moda".

Viva o Vinil! – O que você mais gosta do vinil?

Charles Gavin: "O objeto vinil é como um livro, eu tenho um prazer em manipulá-lo, sentir o cheiro... Lembro que o cheiro do disco importado, por alguma razão, tinha um cheiro diferente do nacional. Era um perfume de disco importado!"

Viva o Vinil! - O vinil é melhor do que o CD?

Charles Gavin: "A era do CD é a da praticidade, ele toca em qualquer lugar, tem uma boa qualidade. Não acho que o vinil é sempre melhor do que o CD, temos que analisar caso a caso".

Viva o Vinil! – O que o vinil traz de mais interessante para o músico?

Charles Gavin: "O barato entre o músico e o vinil é resgatar um formato que é muito mais interessante. Você pode gravar em um CD até 80 minutos de música. E no vinil são 45 minutos, estourando... Mas isso fazia você selecionar as melhores da sua safra de composições. Nos anos 90, o padrão do CD se impôs na classe artística, onde tínhamos que lançar com 50 minutos de música, no mínimo. Eu mesmo me sentia culpado se não oferecesse menos do que isso para o público. Hoje eu acho que você deve oferecer o seu melhor".

Viva o Vinil! - Os lançamentos em vinil aumentaram, inclusive para todos os gostos e épocas, concorda?

Charles Gavin: "Sim, o recente grande interesse transparece nos recentes relançamentos de clássicos e nos novos lançamentos das bandas atuais. São vinis prensados em 180 e 200 gramas, que mostram uma alta qualidade que, por exemplo, nos meus velhos tempos não havia. É um vinil virgem... E quanto mais profundo o sulco, mais qualidade tem o LP. O grave do vinil depende da profundidade do sulco, quanto mais a agulha vai lá pra baixo, maior a reprodução de um som de qualidade".

Viva o Vinil! E os gringos têm lançado música em diversos formatos, como vinil duplo com cartão de MP3 etc.

Charles Gavin: "Compro vários clássicos e adoro quando algo é lançado em várias plataformas: LP, CD, MP3... São mais opções para você!"

Viva o Vinil! Mas a indústria brasileira está cochilando...

Charles Gavin: "Às vezes a gente vive uma ilusão de que o Brasil é um país desenvolvido... Não acho que é desenvolvido, nós temos algumas situações que o primeiro mundo desfruta, mas quando você parte para o todo, o Brasil está muito atrás. Esse é um bom exemplo. Lá fora uma banda lança um trabalho em várias plataformas, com várias opções... A evolução tecnológica propõe várias possibilidades para todos nós. Isso é uma conseqüência do Brasil ter virado um mercado igual ao de Portugal, por exemplo, que é um país menor. Já fomos o 5° mercado consumidor de disco do mundo, hoje nem sei mais em qual lugar estamos. Então, hoje, os nossos lançamentos são tímidos. E ainda tem a pirataria física, que está ligada ao tráfico de drogas, de armas... É fato. Agora, garotos que estão baixando sons do Led Zeppelin, conhecendo as bandas, é outra coisa. Minha opinião é outra, temos que discutir muito sobre o assunto".

Viva o Vinil! O que fazer para melhorar isso?

Charles Gavin: "Realmente se os preços fossem menores, as pessoas comprariam e não optariam por baixar qualquer arquivo. A música vendida ainda é muito cara. Os intermediários, como gravadoras e o Estado, com seus impostos altíssimos, ficam com a maior parte do bolo. E os músicos e compositores ficam com muito pouco".

Viva o Vinil! Você se lembra do seu primeiro vinil?

Charles Gavin: "O primeiro vinil que eu ganhei de presente dos meus pais foi um LP do Roberto Carlos, de 1974, que tem a música 'Amada Amante'. Agora o primeiro que eu economizei e comprei foi o Burn, do Deep Purple. Esse disco tocava muito na minha época, inclusive nos bailes do colégio. Na época, o pessoal dançava muito o que era chamado de rock pauleira".

Viva o Vinil! – E qual foi sua compra mais recente?

Charles Gavin: "Comprei o vinil duplo do Fireman, que é o projeto do Paul McCartney com o Youth, ex-baixista do Kiling Joke (www.thefiremanmusic.com)".

Viva o Vinil! – Como você organiza sua discoteca?

Charles Gavin: "Eu não consigo misturar gêneros, como fazem alguns amigos meus, que só arrumam por ordem alfabética. Primeiro, eu separo por gênero, depois por ordem alfabética, nacional e internacional".

Viva o Vinil! Você tem alguma dica de limpeza de vinil?

Charles Gavin: "Eu lavo meus discos com sabonete de glicerina, algodão e água fria. Jamais lave com água quente, porque esquenta e empena o LP! Também não fique colocando os dedos no vinil".

Viva o Vinil! Tem mais alguma dica importante?

Charles Gavin: "Se quiser digitalizar um vinil, a melhor dica é molhe o vinil, deixe a água dentro do sulco dele e depois coloque ele no toca disco para a agulha tocá-lo dentro da água. Isso ajuda bastante o curso da agulha dentro do vinil, porque ela desliza com maior facilidade. Em certos casos, melhora muito o som".

Viva o Vinil! Para finalizar, você pode adiantar os próximos episódios de "O Som do Vinil"?

Charles Gavin: "Meu programa está na terceira temporada e já posso adiantar alguns dos próximos personagens, como Eduardo Dussek, Jorge Mautner, Lady Zu, Gerson King Combo. Sempre escolho personagens que, além de terem feito grandes discos, são importantes e, apesar de estarem fora da mídia, têm muito que falar. Não podemos nos esquecer deles. E o Som do Vinil se propõe a isso, a mencionar e falar desses artistas tão importantes para a música brasileira. Saiba mais: http://canalbrasil.globo.com".

Fonte desta matéria: Viva o Vinil

Charles numa entrevista muito bacana na UOL


Charles Gavin, baterista dos Titãs, comentou a seleção feita por ele, e pelos jornalistas Tárik de Souza, Arthur Dapieve, Carlos Calado, para o livro "300 Discos Importantes da Música Brasileira". O músico falou da importância de preservar o caráter eclético da música do Brasil que é refletido na lista que têm nomes que vão de Tom Jobim a Tati Quebra-Barraco. Charles Gavin falou também do filme "Titãs, a Vida Até Parece Uma Festa", que estréia em circuito nacional em janeiro e conta a história do grupo desde os anos 80. Mais: http://tc.batepapo.uol.com.br/convidados/arquivo/musica/ult1753u1644.jhtm

Charles Gavin e seu livro!




"É realmente impressionante em 15 minutos de vídeo com Charles fala sobre seu novo livro Bossa Nova, 300 Discos Importantes da Música Brasileira. " Loronix.
Aqui vai um blog muito bom de música brasileira do acrioca Loronix, já indicado por Charles Gavin, clicando você poderá ver a entrevista falando do seu livro, todo o processo, e tudo como foi realizado, vale á pena conferir para quem ainda não conhece!

Acesse:

http://loronix.blogspot.com/2008/11/charles-gavin-300-discos-importantes-da.html

Editorial sobre Charles Gavin


Olá amigos e fãs dos Titãs e principalmente do Grande músico e produtor Charles Gavin, eu sou e resolvi este blog tem como seu maior intuito de mostrar e expôr os trabalhos desse grande músico que vem realizando grandes trabalhos e contribuindo pela memória da música brasileira. Aqui neste blog, você não vai achar nada da vida pessoal, seria muita falta de respeito de minha parte com a pessoa a qual estou homenageando, aqui se fala dos trabalhos profissionais realizados, e os que ainda serão pelo Charles e Titãs.
Silas Mendonça, 35 anos, paulistano, músico, baterista, tive já a grande oportunidade de falar com Charles em vários momentos. e poder declarar ao mesmo que sou músico e baterista por causa dele, atencioso, me atendeu muito bem e tive a grande chance da minha vida de estar perto de uma pessoa que tanto me acompanha mesmo distante, me influenciando, e influenciando várias gerações!
Da minha parte é isso!
Obrigado!
Silas Mendonça

Charles Gavin, o Baterista dos Titãs!




Desde cedo Charles de Souza Gavin, nascido em São Paulo no dia 9 de julho de 1960, foi contaminado pelo vírus da percussão. Em 68, os colegas de primário da escola Helena Lemmi, no Bosque da Saúde, zona sul da capital paulista, resolveram participar do desfile de 7 de Setembro. Só tinha um problema: o único instrumento que o colégio dispunha era um surdo de marcação. Sem dinheiro para incrementar a banda, os professores acharam uma saída: improvisaram instrumentos com utensílios de cozinha. Mas quem iria assumir o único e precioso surdo? Charles, acostumado a batucar nas carteiras da sala de aula, foi escolhido por unanimidade pelos colegas. Logo nos ensaios, viram que tinham feito a coisa certa: ele era o único que marcava o tempo com precisão, enquanto os outros castigavam as tampas de panela, colheres e raladores de queijo tocados com garfo. A banda, comandada por Charles, acabou faturando o prêmio de originalidade do desfile.

Aos 15 anos, já morando no Jabaquara, Charles se juntou com mais dez vizinhos e durante algumas semanas antes do carnaval promoveram ruidosas batucadas no bairro. Nada era formal, mas serviu para ele experimentar um pouco de cada instrumento: tocou caixa, surdo, agogô... Seus ouvidos, porém, estavam antenados nos discos de Led Zeppelin, Black Sabbath e Emerson, Lake & Palmer. Decidido a ser baterista, aproveitou frisos metálicos das laterais do Opala do pai, que tinham sido trocados, e os transformou em baquetas. O sofá e as poltronas revestidas de corvim viraram caixa, tons e surdos, e dois cinzeros de metal serviram de pratos. Estava pronta a primeira "bateria" de Charles, que obviamente só era utilizada na ausência dos pais.

Em 1979, aos 19 anos, ele convenceu o pai a comprar sua primeira bateria de verdade, uma Pinguim branca. A condição para manter o instrumento, porém, era não abandonar os estudos. Em 1982, Charles entrou na faculdade de Administração na PUC, enquanto paralelamente trabalhava na Panasonic, operando computadores enormes. Nas poucas horas de folga tocava compulsivamente. Desde sua estréia, na banda Zero Hora, passou pela Santa Gang, Zona Franca e Jetsons, esta última ao lado de Branco Mello e Ciro Pessoa, com quem viria a tocar nos Titãs, a partir de 1985. Também com Ciro, integrou o Cabine C, mas foi no Ira! que passou a fazer mais shows no circuito alternativo paulistano, chamando a atenção dos Titãs.

Em dezembro de 1984, quando já tinha trocado o Ira! pelo RPM (banda liderada por Paulo Ricardo, que ensaiava à exaustão para o disco que sairia no ano seguinte), Charles foi chamado para participar dos Titãs, no lugar de André Jung, que coincidentemente acabaria ocupando seu lugar que ainda estava vago no Ira!. Charles largou a tripla jornada e resolveu se dedicar exclusivamente à música. Sua estréia no grupo aconteceu em janeiro de 85. Logo depois, entrou em estúdio para gravar o segundo disco da banda, "Televisão", o primeiro com sua participação.

Colecionador compulsivo de discos raros em vinil e garimpeiro de sebos, o baterista transformou seu hobby numa atividade paralela aos Titãs: nos últimos anos, Charles tem cuidado do relançamento de discos fora de catálogo, de artistas como Tom Zé, Lady Zu e Novos Baianos, além de organizar coletâneas para algumas gravadoras. Desde o fim dos anos 80, também produz discos. Sua estréia foi com o álbum "Vítimas do Sistema", da banda brasiliense Detrito Federal, em 88. No selo Banguela, que os Titãs criaram em 94, produziu o álbum do grupo pernambucano mundolivre s/a, lançado em 95.